Aprendemos a aprender todos os dias.

Em constante mudança e nada estático o cérebro humano pode ser considerado como um verdadeiro “computador orgânico” nos transformando naquilo que fazemos.

Novas experiências, divertimento e amor são algumas atividades que oferecem melhorias nas habilidades cerebrais e combatem a “preguiça mental” que pode acometer um indivíduo e diminuir a sua capacidade inata de aprender e assimilar coisas novas em todos os momentos da vida.

Através dos estímulos recebidos do meio ambiente o nosso cérebro muda suas funcionalidade e, também, anatomicamente em resposta aos estímulos recebidos do meio ambiente através de uma capacidade denominada como plasticidade cerebral.

O cérebro é um órgão complexo e é estudado desde sempre, no entanto, quando Darwin percebeu a evolução gradual do cérebro, no século 19 e publicou o livro “A Origem das Espécies” um grande salto passou a ocorrer.

Atualmente os neurocientistas são capazes de descrever as funções das antigas espécies de animais mantidas nos cérebros mais adaptados e desenvolvidos, explicam também: a ocupação de menos “espaço”, novas funções e a existência de áreas associadas às funções cognitivas finas. Baseado nas “experiências bem sucedidas da natureza”, pode-se dizer que o ser humano possui um cérebro triplo: reptiliano (instintos), mamífero (sistema límbico-emoções) e mental (capacidade executiva).

Fishell and Hatten, 1991

Todo o processo desde a migração dos neurônios durante a formação do cérebro (período fetal) até o ápice do estabelecimento da rede neural que ocorre em torno do segundo ano de vida influenciará nas capacidades cognitivas durante toda a vida. Os cientistas têm a impressão que o aprendizado ocorre a partir da plasticidade cerebral e a interação com o meio ambiente altera, inclusive, a estrutura física do cérebro.

Cada pensamento, ensinamento ou sensação ao longo da vida pode servir para o fortalecimento das sinapses formadas a partir do “significado” e não somente pelo estímulo.

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O cérebro humano forma a sua própria versão daquilo que ocorre no mundo externo consistente com o mundo interno do indivíduo e pode ser um fator importante dos processos mentais que surgem a partir das experiências do dia a dia.

Seguindo esta linha de raciocínio podemos afirmar que a aprendizagem ocorre a partir da organização de padrões e o desenvolvimento individual está baseado nos sistemas sensoriais (táteis, olfativos, auditivos, cinestésicos e visuais).