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UM RISCO IMINENTE

Os humanos possuem um instinto ancestral para ligar informações e compreender os padrões da natureza — um fator preponderante que atua como um facilitador para a espécie dominar o planeta e quase todos os outros animais e vegetais.

whatsapp-image-2016-09-15-at-17-57-35No entanto, um sistema natural de detecção de falhas cognitivas ainda não se encontra disponível. Se uma série de informações inconsistentes forem absorvidas, poderão causar equívocos na compreensão dos estímulos externos.

O método científico utilizado pelos pesquisadores, e criado na Grécia antiga, permite facilitar a aferição dos resultados afim de não provocar um colapso no uso de dados falsamente crédulos.

Misticismo, crenças em poderes sobrenaturais, ideias confusas, interesses pessoais, religiosos, nacionais ou corporativos arregimentam, algumas vezes, fatos aleatórios com significados “familiares”; quando são aceitos podem causar dissonância cognitiva porque as colisões dos sistemas, diferentes de crenças, geram enorme desconforto.

O que é Dissonância Cognitiva? O termo foi cunhado pelo professor americano Leon Festinger, na Universidade de Minnesota, e explica um pouco dos conflitos internos entre o conhecimento e a informação. Humanos tentam reduzir o abismo da coerência e incoerência, mas a complexidade da comunicação, influência das culturas e a interpretações denotam circunstâncias de choque entre a cognição e a realidade factual.

Exemplo: O sistema astronômico formulado por Ptolomeu foi aceito por mais de 1.000 anos. A religião se apropriou dele para fundamentar a crença de que o planeta Terra seria o centro do universo; aqueles que se opunham, com ou sem comprovação, eram perseguidos e até mortos.

O medo espalhado neste tempo, com base na tríade espiritualista, manutenção do poder e o controle do pensamento, em alguns segmentos da sociedade, perdura nos tempos modernos.

Isto mostra como a persuasão dos argumentos superou as ciências e provocou atraso milenar no desenvolvimento humano.

Do outro lado, a mesma vantagem evolutiva que compartilham todos os indivíduos da espécie humana, serve para provocar um susto: de forma automática, quando na penumbra ocorre a visualização de um galho de árvore retorcido ou pedaço de mangueira no chão, somado ao farfalhar das árvores sugerindo um som de guizo, desnecessário dizer que a imagem do animal denominado “cobra” vem à mente, correto?

A percepção das coisas através dos modelos gravados no código genético e absorvido pelos sentidos provoca acertos e erros.

Esta tendência no homem de interpretar as informações de uma maneira que confirme seu próprio ponto de vista é explicado pela psicologia. A superação de conflitos passa pela necessidade de gerenciar as informações dos mais diferentes sistemas de crenças para mantê-los inalterados.

No senso comum, a tendência natural das pessoas é acreditar que um evento significativo tem uma causa importante, porque o cérebro busca encontrar uma lógica que integre as informações disponíveis.

É factível dizer que as ameaças “sentidas” pelas pessoas no seu cotidiano contemplam características indesejáveis delas mesmas, sem classificá-las como insanas ou absurdas. Óbvio!

As pessoas querem se sentir seguras, respeitadas em sua privacidade e compreendidas nos problemas pessoais que vivenciam. Os valores morais estão sob a égide dos pactos sociais e todos eles são “atacados” pelas conspirações e interesses mundanos.

Sobre marcelopelucio (336 artigos)
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