Por Tainara Machado

Com o aumento dos pedidos de recuperação judicial e dos processos de reestruturação de empresas endividadas, algumas consultorias não só observaram aumento da demanda por seus serviços como precisaram contratar para dar conta dos novos projetos.

A Alvarez & Marsal, por exemplo, administrava R$ 15 bilhões em dívidas de empresas em recuperação judicial em 2015. Neste ano, o montante saltou para R$ 45 bilhões. Marcelo Gomes, diretorgeral da consultoria, comenta que parte desse crescimento está relacionado à Sete Brasil, mas que o principal motor tem sido mesmo o crescimento do mercado de recuperação de empresas.

O volume de negócios da consultoria cresceu 150% entre 2013 e 2016. Com a alta no número de clientes, a consultoria trocou de sede na América Latina no início deste ano. Antes em Washington, nos Estados Unidos, a empresa veio para São Paulo e dobrou o tamanho da equipe. Hoje são mais de 100 consultores e 10 profissionais estrangeiros que vieram reforçar o quadro de funcionários.

A KPMG triplicou a área de reestruturação nos últimos dois anos, diz o diretor Francisco Clemente. “E ainda falta braço”, completa Alan Riddell, sócio da área. Segundo ele, o aumento do número de consultores na área acompanhou o crescimento dos projetos. Ele enfatiza também que a alta dos pedidos de recuperação judicial entre as grandes empresas, muitas delas multinacionais, também passou a exigir um quadro de funcionários mais “seniores”, capazes de atuar em várias frentes.

A MPS Holding recebia de uma a duas consultas por mês, conta o sócio Marcelo Pelucio. Com a crise, as consultas saltaram para de uma a duas por dia. “Não tenho nem condições de atender a todos os clientes que me procuram”.

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