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UMA ÁREA DESCOORDENADA

Ser recebida com respeito e atendimento digno, pode ser o objetivo de quem chega na “quarta idade”, independentemente de apresentar do declínio neural ou não.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, as demências devem ser vistas como prioridades na saúde pública. O monitoramento mundial dessas ocorrências se justifica, porque a geração conhecida como “baby bommers”, nascidos entre 1946 até 1964, representam a grande explosão de nascimentos após a Segunda Guerra Mundial com a expectativa de vida ampliada devido aos avanços médicos, progressos na saúde e maior disponibilidade de alimentosumaareadescoordenada-03.

Computados estes fatores, as chances de triplicar o surgimento das doenças neurodegenerativas até a metade do século XXI representam possibilidades reais e o Alzheimer detectado em sete de cada dez casos conhecidos.  

Existe apenas este mal?

Infelizmente não, muitos outros compõe a lista. Por exemplo, a síndrome de Korsakoff relacionada ao abuso das bebidas alcoólicas, retrata um grupo de distúrbios neurológicos ligados a deficiência da Tiamina ou vitamina B1. Substância responsável pela transformação do alimento em energia, especialmente para o cérebro. Alcoolistas crônicos podem evoluir para patologias neurológicas, embora a desnutrição grave, ferimento severo na cabeça, herpes ou tumores cerebrais sejam outros fatores eventualmente relacionados.

Amnésia, falta de orientação espaço-tempo, apresentação de histórias fantásticas advindas da imaginação, mudanças de humor repentinas, inflamação do tecido nervoso estão entre as principais afecções apresentadas. E neste caso específico, a recomendação principal foca em cessar o consumo destas substâncias e indicação de terapia cognitivo-comportamental.

Um sinal disfuncional surge quando as pessoas consomem substâncias psicoativas e parecem esquecer ou desconhecer que o cérebro é uma rede neural, composta por aproximadamente 86 bilhões de neurônios. Cada um deles, preparado para criar 100.000 conexões com os outros. Embora a neurogênese seja aceita como uma possibilidade no meio científico, a perda em grande número dificilmente poderá ser recomposta e a demência surge em idades menos avançadas. Causada pelas perdas neuronais precoces, riscos cardiovasculares e diminuição no nível de proteção da barreira hematoencefálica. 

Quais são as consequências?

Sociais e econômicas. Compostas pelos custos não planejados pelo poder público com médicos, despesas sociais diretas e indiretas no cuidado informal. 

No quesito custo social, está a provável razão da sociedade estigmatizar o declínio das capacidades e o caminhar para a dependência, estado que representa a antítese do indivíduo eficiente. Ao mesmo tempo, no estado atual e modelador do ‘politicamente correto’ fica difícil a tomada de medidas eficazes a favor da educação baseada num ambiente harmonizador e inteligente para repudiar práticas prejudiciais ao longo do tempo. Noutro ponto deste contexto atual, incentivar a valorização “hipercognitiva” criaria um show fatiado da vida.

O caminho natural traz os riscos das demências que começam nos pequenos esquecimentos e perda da noção do tempo; passam pelo esquecimento de eventos, nomes das pessoas, alterações comportamentais e chegam nos mais evidentes – dificuldades no reconhecimento de familiares, de mobilidade até dependência total e inatividade.

umaareadescoordenada-01.jpgTalvez num futuro próximo, inclusive para a geração ‘Z’, dos nascidos nas décadas de 1960 até 1970 o atendimento das necessidades limitantes acontecerá com o auxílio de equipamentos robotizados, modelados para um melhor reconhecimento dos ambientes, sintonia da memória prejudicada, apoiados por ‘contexto sensível’, sensores digitais instalados nas suas residências e respostas automatizadas das necessidades, gostos ou barreiras de muitos tipos.

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Sobre marcelopelucio (336 artigos)
Possui habilidades comprovadas para agilizar processos empresarias, encontrar talentos, montar, treinar e organizar equipes. Cria programas de mentoria, melhora o clima organizacional das empresas, escolas e organismos nos quais atua. Encontra o sucesso em diversas áreas da atividade humana e detém várias premiações. Sua vida acadêmica conta com quase três décadas de estudos, possui cinco títulos acadêmicos (graduações, especialização e aperfeiçoamento), centenas de cursos dentro e fora do Brasil e participa de Mestrado em Educação. http://www.marcelopelucio.com.br

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