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O RESULTADO DA SUA NOITE

A psicologia desde o início, no século XIX, utilizava diversos experimentos científicos para observar os sonhos. Freud e Jung, através da abordagem psicanalítica, procuraram interpretá-los e muitos pesquisadores, desde então, continuam estes esforços. Os pensadores da Grécia Antiga estudavam de forma puramente objetiva como obter uma resposta plausível.

No momento atual, existem incontáveis pesquisas e explicações sobre como afetam os indivíduos; embora pouco esteja comprovado cientificamente, os recursos tecnológicos mostram evidências de não serem aleatórios. Parece existir uma intrincada rede ligada aos sonhos, por isto, tratar as suas interpretações como superstição pode ser um erro.

Devido aos fenômenos encontrados, torna-se factível postular acerca da ligação entre a conversa interna e pensamentos influenciarem os sonhos, com base neles advirem alterações do comportamento na vida real.

Pesquisadores ao redor do mundo elaboram análises com avançados softwares de computadores, sem ler as narrativas, dos sonhos, compilam os modelos matemáticos através da comparação de frequências cerebrais nas diferentes fases, buscam conexões de significados. As pesquisas indagam as questões subjetivas, individuais ou culturais com parâmetros genuinamente objetivos dos aspectos cognitivos, sexuais e das idiossincrasias.

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Artigo publicado no Jornal de Piracicaba em 04/05/2016 – Opinião-A3

A maioria dos sonhos termina esquecido. Capazes de distorcer o tempo e as distâncias, em alguns deles, pode-se ter a sensação de dirigi-los. Estes são os ‘sonhos lúcidos’ ocorrem, com mais frequência nos jovens e foram descritos desde o século V, mas somente em 1867 foi publicado o primeiro estudo.

Algumas informações disponíveis mostram os artistas como pessoas mais propensas a terem pesadelos do que outras; as crianças têm mais animais em seus sonhos quando comparadas aos adultos.

O conteúdo dos sonhos se caracteriza mais por cenários realistas do que fantasiosos, com os personagens bem familiares. Fisionomias, de modo geral, são aquelas visualizadas em algum momento da vida. As emoções estão ligadas aos pensamentos racionais desencadeados nos últimos minutos antes de deitar. Das percepções sensoriais, imagens são as mais frequentes.

Intuir algo novo sempre foi e continua legítimo, todavia nos sonhos é algo improvável devido a impossibilidade de compreender o incognoscível.

Os sonhos se caracterizam por ‘coisas’ conhecidas, por exemplo, na Bíblia Sagrada estão descritos aqueles relativos à Divindade e as suas interpretações. Os reis egípcios relatavam as conquistas, possíveis riscos (pragas) ou derrotas, não existiam aviões, satélites ou televisores nos seus pensamentos, logo, não sonhavam com estes artefatos. Em contrapartida, um governante moderno consegue abstrair guerras disputadas numa biga romana.

 Se está correto ligar os sonhos ao momento histórico e às vivências de cada um, neles existem propriedades para expor as ‘portas de entrada’ dos medos ou desejos, porque o cérebro estimula memórias específicas, solidifica conexões e descarta outras com características sensoriais envolvidas. Estresse, repressão e acontecimentos cotidianos estão presentes nos sonhos.

Como qualquer outra atividade cerebral: alimentação, distúrbios, obsessões, consumo de substâncias e outros fatores orgânicos são capazes de influenciar os seus resultados.

A capacidade inata do ser humano em perceber padrões, oferece a possibilidade consciente de descartar pensamentos repetitivos ou negativos. Dar atenção ao conteúdo dos sonhos pode ser uma forma de autodescoberta, entendimento dos anseios e necessidades. Certas vezes elas passam desapercebidas e existe toda uma simbologia por trás do conteúdo, por mais bizarras e irracionais que as narrativas possam parecer.

Um profissional qualificado é capaz de levar em consideração os seus pensamentos, sonhos e demais pistas no atendimento psicológico. Estes tópicos, se trabalhados com cuidado especial, influenciam melhorias na qualidade de vida. Portanto, colabore com o próprio processamento cerebral, reserve para si o melhor das experiências e emoções.

Os cientistas ainda estão longe de dizer com exatidão o que são os sonhos, mas quem sabe no futuro, além de entender esta linguagem incomum, você estará otimista a respeito da próxima noite.

Sobre marcelopelucio (336 artigos)
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