Seres sociais influenciam as estruturas de funcionamento e as relações na sociedade. Cada um, enquanto vive, monta o ‘seu próprio mundo’ com ideias, expectativas, atitudes, entendimentos imateriais e abstratos relacionados as suas vivências.

Este breve recorte da subjetividade procura explicar de forma rápida o que ocorre no interior da mente de uma pessoa, seu funcionamento a partir das próprias experiências e ativação dos recursos existentes. O potencial interno do indivíduo é enorme, porém, acaba em partes desperdiçado por motivos diversos, tais como: falta de maturidade, pouca atenção ao apelo interno, essência dos próprios pensamentos, falta de vontade ou condições para manter uma postura equilibrada. Baseadas em ciência, estão aqui informações sem o objetivo de confronto a respeito dos sistemas sensoriais, estudos e mecanismos internos de cognição.

Os estados mentais, diferentes dos sinais vitais do organismo, não podem ser medidos, porque trazem o resultado do pensamento frente aos estereótipos, posição social, dogmas, sexo, etnias, beleza, arte ou amor. Permeando o pensamento estão as expectativas de como ‘deve’ ser o comportamento das pessoas, todos de origem subjetiva e ligados aos sistemas cognitivos, afetivos e emocionais.

Os sabores, odores, experiências auditivas, visuais, táteis, temporais ou espaciais são processadas pelos sentidos humanos que oferecem interpretações. As pessoas apresentam respostas diferentes ao mesmo estímulo ligado à linguagem, usos e costumes, dos quais estão expostas.

Separar os preconceitos da percepção é algo praticamente impossível.

Perceba como entender a subjetividade humana é uma tarefa árdua e demanda a capacidade de deixar o esoterismo, misticismo e as ‘mágicas’ de lado para focar na capacidade da espécie e estudá-la como uma ‘instituição humana’.

Segundo o Filósofo Rene Descartes, ‘fundador’ da filosofia moderna, mente e corpo estão separados e somente no pensamento pode-se vivenciar a realidade, todo restante é uma ilusão dos sentidos.

Esta separação facilita compreender porque o Ser Humano quando impactado por fortes experiências pode mudar seu estado psíquico, relatá-las como verdades absolutas a fim de encontrar soluções ou explicações relativas às suas crenças mundanas e espirituais. Processos característicos e gerais para tentar encontrar equilíbrio dos eventos externos, reais ou fictícios com o mundo interno.

Através da capacidade de experimentar, pensar e agir, as bases da civilização moderna foram criadas.

A sociedade é composta pela intersubjetividade, ou seja, a interação da subjetividade dos indivíduos que nela atuam. Os acordos de convivência ocorrem fora do contexto subjetivo, são externos ao indivíduo, se formam de maneira objetiva e, escrevem o ‘pacto social’; as leis são um exemplo disto. Estruturas duradouras e complexas das interações ‘mediadas’, algumas regionais e outras planetárias, são encontradas através desta interação.

Além disto deve-se levar em consideração as forças financeiras, políticas ou raciais para entender a existência de diferentes energias com a capacidade de sobrepor, em alguns momentos, ampla e coletivamente os conceitos do indivíduo. O resultado deste efeito externo é suficiente para provocar novas subjetivações (influencia, provoca problemas ou traz soluções).

A sociedade, em muitos casos, estimula, influencia ou elimina partes dos conteúdos subjetivos e impõe as práticas sociais aceitáveis. Fatos capazes de provocar ‘tempestades internas’ ao longo da atuação no palco da vida.

Yes Marília: http://yesmarilia.com.br/artigo/MarceloPelucio/2016/04/humanos-sao-atores-do-mundo-interno-em-transformacao.html