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Um sentimento despertado nos outros

A confiança é a base da convivência social e sem ela o percurso é sinuoso. Se você não é uma pessoa digna de confiança, dificilmente conseguirá convencer, colocar seus pontos de vista e construir relacionamentos sólidos.

A explicação do que realmente cria a confiança é complicada, mas todos sabem reconhecer com facilidade quando ela não existe. Uma questão ampla nas diferentes ‘esferas’ da vida.

Todos nós precisamos, sem exceção, um certo grau de confiança em cada atividade cotidiana. Por exemplo, ao embarcar nua3-1m avião, é necessário confiar que a companhia aérea oferecerá um equipamento adequado para voar seguro; comprar qualquer produto ou serviço, mais uma vez, expressa algum grau de confiança no vendedor.

Sentimento abstrato criado na intimidade do ser, para o adulto o tema é complexo; na criança existe uma diferença conceitual, mas não é simplista. Inicia com os pais, ou cuidadores: somente a presença deles provoca na criança a sensação de tudo estar sob controle, mesmo nas famílias sem estrutura financeira, que ficam nas ruas. Quando próximas dos pais, elas apresentam as mesmas atitudes de outras mais abastadas. Distante dos cuidadores, indiferente da classe social, a insegurança é sintomática.

Com o passar do tempo, se os pais não estão autoconfiantes, podem ter dificuldades de transferir aos filhos a capacidade de confiar em suas próprias habilidades e comportamentos. Num processo inverso de confiança excessiva, gerar riscos à própria segurança, deles.

Indague internamente: No ambiente que você cresceu, era lembrado dos riscos existentes no mundo? Como lida com o sentimento de culpa ou vergonha? Está confiante em si ou nas pessoas? A confiança está ligada aos resultados, positivos ou negativos, conquistados ao longo da história pessoal e a forma como o indivíduo se relaciona com a sociedade.

Sua construção é estabelecida através dos valores e crenças mantidas sobre a honestidade, respeito, tolerância, reciprocidade e segurança.

Estes são os fatores contínuos e cíclicos sobre como irradiar condições favoráveis nos outros, em muitos casos, capazes de afetar o grau de confiança que eles manifestam.  Algo associado aos processos de empatia, capacidade de compreender as necessidades alheias, se solidarizar aos sentimentos e emoções de forma racional ou perceber qual o julgamento as pessoas fazem a seu respeito.

TrustEmbora sejam instáveis, as chances de conquista da credulidade aumentam através deles. Levadas em consideração as possibilidades futuras, formam-se expectativas sobre conduta da outra parte, muitas vezes a confiança é um tipo de ‘esperança’ depositada no outro e pode até ser definida como uma aposta na incerteza dos comportamentos.

É uma espécie de atitude formada na convicção dos resultados, considerando ou não os riscos envolvidos, está atrelada intimamente com a intuição, um fenômeno distante da razão que funciona como lampejos conscientes, mesmo sem pensar.

Nas atividades em grupo, de modo geral, quando ainda não se conhece todos os envolvidos, cada um destina algum tempo para estimar quais membros merecem a sua confiança ou não. Expressões diversas (faciais, verbais, posturais…) são analisadas automaticamente, o cérebro processa, avalia e julga se deve confiar nessa ou naquela pessoa. Ao mesmo tempo, conflitos internos são ‘disparados’ nestes momentos, aceitação ou desaprovação das análises realizadas mantém um exercício mental contínuo, algumas vezes cansativo e capaz de provocar choques psíquicos.

Respeite-se antes de tudo. Concentre as suas forças no aprofundamento da confiabilidade e previsibilidade; quando combinar algo, cumpra.

Dê um grande passo para a frente, transforme a sua vida em algo que ofereça proteção e segurança para todos.

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Artigo publicado em 29/04/2016 no Jornal de Piracicaba, Opinião-A3.

Site Yesmarilia.
http://yesmarilia.com.br/artigo/MarceloPelucio/2016/04/um-sentimento-despertado-nos-outros.html

Sobre marcelopelucio (336 artigos)
Possui habilidades comprovadas para agilizar processos empresarias, encontrar talentos, montar, treinar e organizar equipes. Cria programas de mentoria, melhora o clima organizacional das empresas, escolas e organismos nos quais atua. Encontra o sucesso em diversas áreas da atividade humana e detém várias premiações. Sua vida acadêmica conta com quase três décadas de estudos, possui cinco títulos acadêmicos (graduações, especialização e aperfeiçoamento), centenas de cursos dentro e fora do Brasil e participa de Mestrado em Educação. http://www.marcelopelucio.com.br

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