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O QUE PODE ACONTECER?

Ter uma opinião diferente dos outros, viver sem medo, aceitar as diferenças, são atitudes benéficas, mas será fácil encontrar persistências obstinadas e caracterizadas pela teimosia. Ao perceber que algo precisa mudar, se alguém insiste “na mesma tecla”, isto demonstra orgulho, e quanto mais forte se manifestar, piores podem ser os resultados.

Existe apenas um tipo de orgulho? Óbvio que não!

leaoIntelectualmente alguns utilizam seu orgulho para “diminuir” os outros ou para se vangloriar. De modo geral, atos prejudiciais as pessoas envolvidas e a si próprio, por consequência. Há uma ilusão que promover perdedores trará vitórias. Esta conduta inadequada promove, na realidade, perdas coletivas. Angústias, guerras e disputas são produzidas a partir do orgulho exacerbado. Além do mais, vitórias ou derrotas não existem, somente os momentos são reais, e eles constituem a vida.

Os deuses de uns não são melhores que de outros, mas existem aqueles que menosprezam os sentimentos e crenças alheias. Um caminho fácil para a soberba, que não pode ser confundida com evolução pessoal.

De forma alguma isto deprecia a importante característica de quem busca, com altruísmo e firmeza, “mudar o mundo” — desde o seu interior até o planeta como um todo. O crescimento é conquistado quando a conduta se torna flexível.

É conhecida a asserção “ninguém é de ninguém”, mas mais assertivo será compreender que ninguém é melhor do que ninguém, ampliando inclusive a todos os seres vivos. Embora o humano esteja no topo da cadeia alimentar e no pseudocontrole da Terra, ainda assim se deve respeito as outras formas de vida.

Nesta linha de pensamento, cabe registrar que o simples ato de acusar alguém de orgulhoso pode trazer uma carga interna de orgulho disfarçado, principalmente quando está acompanhado de rancor — segundo pesquisas, estas são reações neuronais provocadas pelos conflitos internos de possível baixa autoestima.

No entendimento de David Hume, filósofo escocês do século XVIII, o orgulho advém de causas naturais no homem e estão ligadas à coragem e justiça, e explica ainda como o orgulho causa prazer, portanto as paixões estão na natureza humana. Na Grécia antiga, o mito de Narciso mostrava a sua indiferença e dificuldades ao se relacionar com os outros.

Computadas todas estas afirmações, passa a ser possível ampliar o assunto e procurar uma solução próxima ao cotidiano e do direito inalienável de você adiar algo em favor de todos.

O adiamento faz rima com o conhecimento; sair de um patamar e chegar ao outro acima, demanda a capacidade de aceitar as imperfeições, acalma a efervescência das emoções, produz a introspecção de novos conceitos e transforma os caudalosos rios do orgulho em águas mansas de humildade.

A influência do tempo nas transformações internas exalta a capacidade cognitiva acima das “paixões” contidas no orgulho, controlam os ímpetos animalescos e oferecem resultados positivos. Por isto, artes marciais são diferentes da briga de rua. Um velho ditado chinês apregoa: “Quando o discípulo está pronto, o mestre aparece!”

Pessoas orgulhosas e apaixonadas apenas por si mesmas estão sempre sozinhas porque afastam-se da empatia e carisma. Uma forma de combater seu próprio orgulho é reconhecê-lo; deixe o medo de lado nestes momentos, melhor do que precisar do perdão alheio é encontrar pequenas vitórias internas da percepção através da mesma forma como a natureza preparou a propriocepção muscular. Novamente, é o tempo dedicado à evolução que transforma.

E aquele conhecido orgulhoso? Não se preocupe, ele está mais assustado do que imagina. Aceite a verdade exposta por esta pessoa, como a forma com qual ela lida com as próprias dificuldades. Se estas linhas lhe incomodaram, não se sinta culpado, apenas repense sobre a sua vida e o que pode acontecer depois que puder potencializar as suas capacidades humanas.

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Sobre marcelopelucio (336 artigos)
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